Havia
HAVIA
Havia um medo
Sempre houve
De desvanecer-me
E tornar-me um nada
Em algum lugar dentro de mim
Há alguém que desconheço
E que me assusta
Quando tenho ideias de fugir
Para algum lugar
Que eu nem sei se é real
Mas que me chama
Quando fecho os olhos
E uma luz azul
Muito límpida
Banha-me o corpo
Adormecido em sonhos –
Pesadelos de não saber -
E eu mudo constantemente -
Reconhecer-me, então não sei ser eu
E esqueço que sou a outra.