MANHÃ DE SOL
Acordei vazio
como um poeta morto
a sentir frio
e bebi o café da loucura
desenhei a nova estrutura
olhando a vista panorâmica
do planalto central
onde a cada dia
o homem se transforma em mero animal...
Acendi a vela dos desejos
e as visões que tive me meteram medo
fui regulado com os botões de pressão
sentir? para quê?
se todos nós somos as sombras dançantes
dentro do acontecer?
Li os poetas que se deitam no gramado do jardim
um a um
seus versos desdenharam de mim
posto que fui à deriva
desenhei versos
com músculos e vigas
sustentaram a evolução
da poesia...
Sim você tem razão
sim você tem a arma
sim você matou o coração
de toda imaginação da alma...