O FRIO...
(Ps/373)


Cresce na penumbra
Toca no sentimento, vaga
Pela sala clara,
Absorta, sem labirinto, cala.

Desmaia o raio de luz
Sobre a mesa branca
Castiçal sem velas
Chama incontrolável.

Nada na sombra é nada
Viver na saudade da ilusão
O frio intenso da sala
Intérmino tempo da inspiração.

Negro espaço da solidão
Frio que invade o coração
Que surja a calma ou nada
Para não sofrer tédio em oração.

Desejo ter sono e dormir
Bocejos na alma de amplo sentir
Deito minh' alma sem medo
Frio que acolhe meus segredos.

Aconchego de mim e só
Sentimento recolho em flor
Não há alegria não há dor
Cerro meus olhos, medito amor!



 
edidanesi
Enviado por edidanesi em 25/07/2017
Reeditado em 21/11/2017
Código do texto: T6064144
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