Caminhante.

O ser humano e a negra peste

Cosem a mesma semente jogada

Sucumbindo o esterco das aves

Onde mais tarde será outra flor.

Desta flor o caminho é eterno

Fazendo seguir outra geração

Sobre o dogma do cristal quebrado

Donde a força não mais aparecerá.

De fado a alma vai se rasgando

E abrindo cavas no senil solo

Como folhas secas de outono.

Diante da outrora outros sofrem,

Por perdão em vida dum lugar desconhecido,

Quando se torna outro ser caminhante.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 22/07/2017
Código do texto: T6061762
Classificação de conteúdo: seguro