Na minha pele
Caminho pela rua,
olho o relógio…
aumento o passo.
Atravesso a noite crua,
com suas nuances e negócios,
fecham-se espaços.
Penso: A noite se remonta,
para surgir
os seus desencantos.
A cidade se apronta,
para dormir.
e eu vou com espanto.
Ando com mais rapidez,
Infelizmente,
escuto uma companhia…
Tento manter a altivez,
Perguntando-me,
Quem afinal seria?
Continuo a caminhada,
ofegante e diligente,
consigo até escutar
a respiração na minha mente.
Ao virar a esquina,
reconheço quem me assombra!
Nada mais é,
do que minha própria sombra.
Convivo com o medo,
Agradeço a minha fé.
Isso só é mais um dia…
Vivendo na pele de mulher.