Na minha pele

Caminho pela rua,

olho o relógio…

aumento o passo.

Atravesso a noite crua,

com suas nuances e negócios,

fecham-se espaços.

Penso: A noite se remonta,

para surgir

os seus desencantos.

A cidade se apronta,

para dormir.

e eu vou com espanto.

Ando com mais rapidez,

Infelizmente,

escuto uma companhia…

Tento manter a altivez,

Perguntando-me,

Quem afinal seria?

Continuo a caminhada,

ofegante e diligente,

consigo até escutar

a respiração na minha mente.

Ao virar a esquina,

reconheço quem me assombra!

Nada mais é,

do que minha própria sombra.

Convivo com o medo,

Agradeço a minha fé.

Isso só é mais um dia…

Vivendo na pele de mulher.

Elizabete Araújo
Enviado por Elizabete Araújo em 17/07/2017
Reeditado em 17/07/2017
Código do texto: T6056564
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