POETA DA MADRUGADA
 
Às vezes, 
me procuro
no escuro do meu quarto e não me encontro.
E a madrugada dá morada ao poeta,
que, iluminado, cultiva sementes de letras
e sonhos de amor, nas páginas de seu caderno.
 
Ás vezes,
me encontro como um florista apaixonado,
perdido na busca do ser, dos sonhos e das ilusões,
pra cultivá-las em prosas e versos
colhidos do íntimo do coração.
 
Outrora,
me vejo como engenheiro de contos e poesias,
construindo estrofes de versos, em vez de pontes 
e avenidas,
para fugir da solidão da vida, oriunda,
dos amores, das dores
e dos dissabores da paixão.