Cena na vidraça

vejo a cena do vento

nas casas de papel.

ao tempo

ofereci o esforço

para mudar

o mundo.

o que não mudou

e nunca se desfez

foi a poesia.

com voracidade, tomou conta

da alma inteira, trouxe-me

caminhos de pedra e vento.

continuo a oferecer flores

e louvores aos deuses

das águas.

no final das cenas na vidraça,

relógios marcam o volume

e a gravidade da chuva.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 10/07/2017
Reeditado em 10/07/2017
Código do texto: T6050302
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