O silêncio de um delírio perdido as ondas da imaginação.
Não existe bala de ouro.
Muito menos bala de prata.
Nessa terra não há estaca.
Aqui agua benta não funciona.
Querosene não pega fogo.
O que há mesmo um pequeno cartucho.
Com um pouco de pólvora.
Dentro do cartucho.
Um pedaço de chiclete.
Quando estoura.
Não assusta nem mesmo mosquito.
Qual é o motivo.
De tamanha exigência.
Se os vampiros desta terra.
Nasceram sem dentes.
Qual é o medo do nosso mundo.
O nosso rosário não tem contas de grãos.
Como rezar a santa.
O desejo da imaginação.
Uma tempestade de areia.
Em lugar das nuvens.
Qual é a preocupação.
Se nesse mundo não produz mais alho.
Ausência da água santa.
Com efeito, o vampiro canta e dança.
Aqui o tempo é o silêncio.
Os vencedores estão presos em galhos de árvores.
Então, os trovões retroagem no chão.
Um enorme terremoto no fundo do mar.
O que podemos dizer.
Aos gritos perdidos.
Não existem mais balas.
A arma de fogo tem o cano torto.
Mata quem faz uso da arma.
O melhor mesmo dormir e acordar sonhando.
Imaginando as vossas recordações.
Edjar Dias de Vasconcelos.