Ao relento

Ao relento

Pobres pessoas

Esfomeadas por caridade

Famigeradas por mero favor

Moradores de rua

Largados à sorte...

Situados debaixo de marquises

Alojados em meio ao lixo

Humilhados perante a sociedade,

Que não conseguem enxergar.

Desprovidos de abrigo

De um lugar digno

E de um ombro amigo

Coitadas daquelas que não tem um recanto para dormirem.

Desigualdade infeliz

Não condiz com o amor

Crianças passando fome

Avareza em nosso favor

Até quando?!

Hipócritas engravatados

Corrupção exacerbada

Preocupação apenas com seu umbigo

E amor escasso para com seu vizinho.

Machuca ver essas pessoas ao relento da vida

Destinadas a colecionarem feridas

Desamparadas pelo seu semelhante...

Uma ajuda seria determinante...

Presas em calçadas frias

Tremendo suas almas com ares gélidos, que batem forte

Resfriamento da vida...

Quem irá acolher?!

Algoz injusto

Enforcam pessoas solitárias

Muitas das vezes desapropriadas de famílias.

Desigualdade desgraçada!

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 07/07/2017
Código do texto: T6048037
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