Apólogo
I
Um lobo está de tocaia,
Está querendo pegar
Uma ovelha descuidada
Tranquilamente a pastar.
II
Para que ninguém o note,
Na relva fica escondido.
Para que ninguém o escute,
Não vai dar nenhum rugido.
III
Ele caça contra o vento
E a pobre ovelha não nota.
Parece que está fadada
A sofrer uma derrota.
IV
A certeza da vitória
Faz o lobo vacilar.
Pois o pastor muito atento
Atira para matar.
V
O tiro espanta o rebanho
Que logo volta a pastar.
E o pastor firme, vigia
Para lhes salvaguardar.
VI
Nos caminhos desta vida,
Muitos lobos vão surgir.
Mas se não tiver pastor
Ninguém pode resistir.