No banco da praça
NO BANCO DA PRAÇA
Por Luiz A G Rodas
Ao meu lado sentaria
Crítica boa, direcionamento
Falando sem arrodeios
Meias palavras, nenhum momento
Dela é meu o respeito
Opinião, pensado argumento
Ao meu lado sentaria
Uma semente, sem pensar
No usufruto produto
Um dia vai germinar
Árvore plantada hoje
Dos frutos saborear
Ao meu lado sentaria
Erros reconhecidos, também
Que o aprendizado do tempo
Profícuo, me trouxe o bem
Companheiro, última viagem
Futura, lá pro além
Ao meu lado sentaria
Aquele espírito valor
Reconhecendo a matéria
Com validade, a decompor
Lendo minhas entrelinhas
Decifrando sem tradutor
Ao meu lado sentaria
O solitário e o sozinho
Que na multidão possam ser
Revelados, estranhos no ninho
Por tentarem consertar
Minha vida em desalinho
Ao meu lado sentaria
Intensa, absoluta bonança
Vencedora dos preconceitos
Do tempo, guardou as lembranças
Num belo e escondido baú
Do meu "Parque da Esperança".