O brilho interminável do vosso futuro.
Há um limiar de sínteses.
Que vêm de tempos longínquos.
Composto de elos intermináveis.
Repentinamente se encontram.
Brotando fontes de luz.
As reconstituições das mediações.
Incompreensíveis.
Quando tudo parece não ser.
Ressurge como onda de energia.
Desse modo, vão e voltam.
São as mesmas coisas.
Entretanto, diferentes.
Conservando na essência.
O único princípio ativo.
Com efeito, formam as diversidades.
Como se na realidade.
Existissem múltiplas variáveis.
O indelével encantamento da matéria.
O que são então os primeiros sinais.
Na evolução interminável dos anos.
Resquícios imponderáveis.
A permanente repetição.
Como se não fosse à eternidade.
O milagre do princípio da incausalidade.
Refeito pela ausência.
Na constituição do vazio.
Princípio inexorável da existência.
Mesmo sendo inexistente.
Quando tudo um dia tenha que não ser.
A continuidade se repetirá.
Seja qual for à fórmula.
O silêncio reconstituirá.
Aqueles que passaram.
Servirão as proposições.
Estenderão comportadamente.
Ressurgimento da distância.
Determinando o futuro.
Reconstituindo o passado.
Desse modo, será a longitude.
Mesmo que desapareçam.
As vossas ancorações.
Serão as suas reconstituições.
A extensão da permanência.
O mais absoluto silêncio contínuo das ressurreições.
Entretanto, sem nenhuma finalidade.
Como se nada fosse, a existência não tendo realidade.
A permanência indissolúvel do presente.
Edjar Dias Vasconcelos.