CONFIARNOS
Dedicado a__ MÁRIO DE ANDRADE__
Recriarmos como se dança
com uma flor __ na boca, essa
vida, que não presta
aprestarmos transformá-la
que___não há outra... Outri
dades são outro Diapasão___ O Caminho é de um
só Caminho. Várias
Virão Estações. Mas sempre
serão poucas___ e a nossa Rouquidão
a Conservação da Prata do Coração, nela
pinga
fio de ouro,
O Muito do Pouco
Algodão !...
Reteçamos, façamos todos os desde aconteces
aquela teia tão fina que faz existir o não-existo
a pequena aranha desfere raios de Sol
Des-afiantes no Sol
Nascer no Outro Mesmo Sol
Emoldurar o Outro do Outro Ninho
e o branco ovo, nos fios do___ Confio...
Lugar da Velha, a Velha, a Velha
a Velha-Nova___... a Fiar
Nessa alma brasílica
cuja herança aguarda ser petalada
mas cada pontinha de luz
já indica a___ Estrada
refundida refeita relida re
conden
sada___ e pressurosos pés
tanto Novos ou Velhos
na Paixão visceral que Amor corporaliza, enrosca __ O
no esplendor formados ___ ( semente de Tempo... )
abrangente da indiluída
a Rosa dos já ( entre ) Abertos
Ventos !...
E tudo, brasílico, tão époco-épico
___e ___leve___ ( cremos )
asssemelha mesmo a riqueza
___ sem Centro !...
Nota : Riquezas étnicas ou são assimiladas pelo que há de Mais
Humano nos Humanos ou acabam se tornando meras curiosida-
des a-históricas. Dá aquele gosto de primitivismo exótico; ou de
estranheza cultural. Nosso caminho ( e Nietzsche apontaria ) é
ressublimar os caracteres os recriando em Patamares de Todo o
Humano. O Cadinho, ou todos eles, ainda servem sim; mas pra
destilar a um Cadinho de Nível ainda Melhor. Mesmo assim sem
obrigatoriedades ditadas por velhos e já peremptos tempos. Tem-
poralizar é mais que objetivamente "retratar".Tarefa não só de
nós, artistas, mas de Todos ___ de certa forma. Uma vez que Ra-
ça não existe, o que temos são essencialidades que espelham u-
ma outra mais Profunda e Interior e que reverbera todos os Huma-
nos. É hora de Começarmos ou intensificarmos.(O já Existente... )
Seja qual for o teor ele deve ser "lido" não como historicidade ob-
jetiva: antes algo que faz ver os Rios Enormes e Grandiosos que
nos percorrem por Dentro.
"As MOSCAS nos Poetas... e os Poetas ( ainda ...) a FIAR!..."
Abraços do Amigo Jsunny.
Felicidades brasilicamente reconstrutivas no poder
de Outras Chuvas, não essas daí!... as como diz Jobim
sempre Novo __TOM: as "Regadeiras"!...