Nem Bilac, nem Dostoiévski
Não acredito em destino,mas cismo
com Drummond de Andrade, Tomás de Aquino
um laço de prestígio, desde o início.
Uniquifável,completo e intrépido
num substantivo simples e direto:
um nome.
Há poucas letras pra tantos nomes
De poucas letras,faço poucos poemas.
Mas caso chamasse-me Shakespeare
trataria de assinar muito mais coisas.
E, ainda assim, me contento
De não ser árvore, cachorro, ou gente.
Há esse som que cintila, titula e transcende
Em muito mais que um corpo
Em muito mais que um outro
Muito mais se morto.
Outra ilusão; Mas eu gosto.
Minha primeira algema me fez do tamanho do mundo.
Qual será o gosto do meu nome ?
Hoje vejo uma sensatez na minha ignorância
De ter acreditado que Bukowski era russo.
Um escritor boêmio, um nome de vodca
uma carranca criativa no frio.
Me disse muito mais que uma mini-biograf(r)ia.
Então inda que me aventuro no início,
e cambaleio, no soletreio,
Percebo aqui, ao fim, que me bastas.
Nem Bilac, nem Dostoiévski.
Há um algo muito mais concreto.
Um substantivo muito mais
próprio!