Enquanto posso…
E se o campo, parar de florir,
Com o choro que está no ar...
E se o homem não mais sorrir,
Por não ver frutas no pomar…
E se o poeta trovador,
Ao ver que nada mudou,
Desiludido, se calar?
E se a luz do amanhecer,
Por não mais crer, não clarear…
E quando o sol se esconder,
Seguir… seguir e não voltar…
E se até o mar, entristecer,
E suas ondas, não mais bater,
Nas pedras e arreias da beira mar?
Aí, nada valerá apena,
Porque serão tristes, os poemas,
Não haverá mais por do sol…
O roteiro, só terá cenas,
Deste pobre e frio sistema,
Que nos transforma em caracol.
Alque