O SABER
Antigamente, sabíamos para saber!
Para poder ler, escrever e saber dizer.
Se não soubéssemos, não nos deixavam ser;
Estudantes que não queriam aprender.
Repetíamos para poder crescer,
Para um dia, podermos vir a ser.
Hoje, ninguém mais sabe do saber...
Tudo gira em volta do poder,
Dos números forjados a esconder.
De interesses que ocultam o nosso ser.
Pequenas rodas de conveniência em ter.
Pobres crianças iludidas pelo lazer!
Professores que fingem esquecer
Que um dia já ensinaram o saber...
E o que podemos então fazer,
Arrastados e nus sem querer,
Se nunca iremos saber?