Abra-se
Abra-se, abrace, abrace-se
Não guarde-se para si
diante deste mundo tão grande
Ceda, dê-se, receba
Somos cadeados
que podem ser abertos por muitas chaves
Ou livros na estante
prontos para serem devorados a cada instante.
Vamos nos machucar alguns dias
Como crianças a tombar durante toda a vida
Vamos chorar, vamos sorrir
Como eternas crianças bobas
E vamos achar que tudo está perdido
Até encontrarmos, de repente
o que sempre estávamos procurando.
Para entender alguém, palavras não bastam
Um riso ou um olhar dizem muito mais
Para entender a si é mais árduo
Uma guerra misteriosa que nunca encontra a paz.