A OUTRA METADE DE MIM MESMO.

Eu vou ser sempre um descendente do ontem, portanto, eu já vi o suficiente para prever todos estes momentos, é quase como se eu decidisse renunciar à minha própria oportunidade, que há muito, eu tenho decidido em fazer algumas reflexões internas, que só me faz lembrar os esclarecimentos, quando estamos nos sentindo cheios da verdade, e queremos estar vazios. Penso que no primeiro passo que vou dar, sempre será o mais longo deles.

Simplesmente eu não posso continuar segurando uma conquista, sem ter nada a perder de vista, porque eu sempre tenho as respostas que ninguém vai me dar. Eu sou o negociador das palavras que já nos dissemos uma vez, e isso me faz acreditar, que somente haverá o silêncio com a existência do seu fim paralelo, do outro lado do mistério. E tento inevitavelmente seguir pelo caminho menos viajado.

Só sei que na verdade, eu estou sempre olhando na outra metade de mim mesmo. Porque só restou uma pedra angular em meus olhos, agora que eu estou estacionado na vaga que estava em meu coração.

Acredito em todas estas coisas que se transformam em pó, pois quase sempre me deparo na questão, como uma página em branco e no vazio do pensar, sem me deixar levar um dia sequer de saber exatamente por onde eu vou começar.

Eu teria reconhecido os símbolos e me enlevar para as luzes, pois só esse brilho faz-me ser difícil de me encontrar, porque eu me reconheço só como um diário, uma só tatuagem, um só rio seco, onde o meu amor corria, e eu curtia a vida esperando para entoar.

Por muito pouco não estamos juntos na metade do tempo, O tempo que tem um modo de tomar o tempo e voar, e que ninguém vai gastar o agora, como se nunca tivéssemos uma chance. Embora no agora eu acredite, sem me importar o quanto tentamos impedir, já que o medo sempre nos fará cegar.

Fico sempre imaginando, que mil pensamentos não poderiam me tirar da aflição, Como se fosse uma fonte para a minha solidão, eu nem mesmo saberia que a minha mente estava se fechando para mentir toda a verdade. Quase me escondi debaixo daquilo que estava encobrindo, essa que é a melhor parte de mim, mas foi quando eu encarei a minha vaga confissão, de que uma solução nós sempre teremos um ao outro, e lembra-me que inteligentemente ela se apega e se multiplica, apenas para deixar isso sem nenhuma revogação, já que foi uma mera ilusão que não se explica.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 21/06/2017
Código do texto: T6033540
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