A recordação de um olhar distante.

Por que a intuição permite.

O barco voar como se fosse uma nave.

O vento levando o destino.

Ancorado na imaginação, sem limite.

Se o tempo não fosse à hora.

Se o silêncio determinasse o limite.

Agora que existe um lago cheio de bichos.

Se a noite não apagasse a luz.

Quando sopra o tempo.

Os trovões desabam como se os deuses fossem maldosos.

Escondem-se os vossos desejos.

Os raios brilhantes da energia de hidrogênio.

Enrugando a pele do rosto magoado.

Com efeito, o ar escorrega.

O pensamento some.

O que seria breve transforma-se em interminável.

A morte repete inexoravelmente.

As ondas vão e voltam de graça.

Deixando recordações não recomendáveis.

Seriam tais proposições a eternidade.

Por que então os sonhos não recordam dos mistérios profundos.

Um dia, dois dias, semanas, meses e anos.

Poderia alguém inventar outro mundo.

Com nova dialética, imposições imprescritíveis.

O que seria a ideia da inexistência.

A antimatéria.

O mais absoluto vazio.

Entretanto, ele é muito velho.

Pequeno, insignificante, todavia não deseja ir embora.

Igual a um pingo de chuva caindo no deserto.

Na esperança de nascer uma floresta.

Porém, o que haverá mesmo o sol sempre quente.

Criando , a terra improdutiva.

Como se não fosse possível à mudança dos eixos.

A continuidade imponderável escrita na imaginação.

Na esperança que o tempo pudesse mudar as passagens.

Um olhar perdido sonhando o último desejo.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 18/06/2017
Reeditado em 18/06/2017
Código do texto: T6030398
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