Através de... (III)
Fábio Costa
 
Sempre busquei enxergar nas entrelinhas...
Através de gestos simples, o sentido do seu amor...
Confesso a falta de destreza nesta lida,
Mas não nego o meu esforço e meu labor...
 
Sempre fui mais atirado e destemido...
Lançando os sentimentos para o ar...
Assim, sofri e sofro com argumentos
De que é comedido que se deve estar.
 
Não acredito no amor sufocado...
Para mim não tem valor o que é escondido...
Ser mal interpretado é um risco...
Daqueles que corro sem fazer juízo.
 
Quanto a você, oh doce segredo.
Chave enigmática que cabe no meu peito.
Permita-se viver o amor...
Dizer do sentimento que vence o medo.
 
Então, todos os dias irei declamar
O prazer de tê-la ao meu lado.
Sem negar em palavras o que sinto...
Para que chegue aos seus ouvidos
O pleno sentido...
Deste amor que dilacera o peito meu.