INCÓGNITA
Caminhou pela praia
Conduziu seu pensamento
Entrou mar adentro
Sentou por um momento.
Rodou pela estrada
Restringiu seu falar
Seguiu sempre em frente
Contratou um outro olhar.
Parou numa encruzilhada.
Olhou o infinito
Travou seu olhar
Concluiu já muito aflito.
Estava sem rumo
Percebeu pelo seu passo vago
A rua que havia seguido
Passava pelo território amargo.
Sem saber o que fazer
Incompreendendo o incompreendido
Regou sua passagem
Com o perfume desmedido.
No limite de seu limite
No ponto fim do final
Caminhou inseguro
Era uma incógnita real.