INCÓGNITA

Caminhou pela praia

Conduziu seu pensamento

Entrou mar adentro

Sentou por um momento.

Rodou pela estrada

Restringiu seu falar

Seguiu sempre em frente

Contratou um outro olhar.

Parou numa encruzilhada.

Olhou o infinito

Travou seu olhar

Concluiu já muito aflito.

Estava sem rumo

Percebeu pelo seu passo vago

A rua que havia seguido

Passava pelo território amargo.

Sem saber o que fazer

Incompreendendo o incompreendido

Regou sua passagem

Com o perfume desmedido.

No limite de seu limite

No ponto fim do final

Caminhou inseguro

Era uma incógnita real.

NEUZA DRUMOND
Enviado por NEUZA DRUMOND em 09/06/2017
Código do texto: T6023199
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