COISA DE CRIANÇA....
Foi tanta chuva que inundou
Não só os lares, mas os corações
E os olhos que agora vertiam frações
De mágoas junto ao mar que se formou.
Em meio ao burburinho, às indagações
Indignados olhos miram o que restou
E, o bem mais precioso, entre os braços abraçou:
Seus livros, de páginas encharcadas de reflexões.
Na salvaguarda ficaram as histórias,
Os encantos, devaneios e memórias
Encadernados pela esperança.
À deriva, nas águas do saber
Novos ventos me levaram a crer
Que tamanha peripécia só podia ser coisa de criança.