Quem Sou Eu?

Muitas pessoas não se conhecem muito bem

Às vezes elas se sentem como um ninguém

E as vezes eu me sinto como elas,

Às vezes me sinto como uma poeira que se instala na janela.

Muitas são as vezes que escrevo para fugir do mundo,

Insano, onde só sobrevivem aqueles que possuem um belo plano

E não sou tão sagaz, as vezes até esqueço em que ano estamos

Até o momento eu sinto como se já tivesse escrito tanto

Mas a noite, eu sinto como se faltasse algo em algum canto

E, mostrando para o espelho, o meu pseudônimo é o que desejo

E eu escrevo pensando em tudo que vejo, ou com fatos que ocorreram comigo mesmo

Sou uma pessoa solidária, mas muito egoísta

Quero ser a única a ficar solitária, refletindo sobre a vida

Em alguns textos eu cito minha vontade de ajudar,

Não é falsidade, mas infelizmente eu sinto como se eu fosse incapaz

Não busco quantia, busco o sentimento de um dia regado em alegrias.

A maneira de escrever é simples, eu sei

Não vejo motivos para mudar, ainda creio que seja expressivo

Mesmo sem criatividade, coloco sobre o papel o que me faz bem

Já tentei descrever coisas que nunca senti,

E o resultado não gostou muito de mim,

Não me reconheci com o que li

E este é o motivo para escrever tantos textos líricos

Pois neles podem ser vistos meus sentimentos escondidos

E a cada dia, cada renascer da vida, tento deixá-los lindos.

Só há uma pessoa que tento impressionar

Só há uma pessoa que tento fazer se orgulhar

Mas parece impossível, mas não paro de tentar

Pois, se eu comecei, devo continuar

Minhas palavras um dia irão acabar,

E sonho que, quando esse dia chegar,

Vou ter a certeza que consegui fazê-la admirar

Mas talvez eu esteja sendo ingênuo, insistindo em uma bobeira

Talvez quem consiga tal proeza,

Está assentado em uma das cadeiras da Academia de Letras

E eu só me sento no chão do meu quarto, ato de humildade?

Porém, meus pensamentos não querem se conformar

Não há um só pensamento dizendo para eu deixar pra lá

Frases de um adolescente sei que elas irão se apelidar

Não posso discordar, nem mesmo sei o que escrevo

Quem dera fosse poemas, mas permanecem como simples textos,

Que possuem uma ambição, um desejo gigantesco.

Quem sou eu? Acredito que eu mesmo não sei

Apenas descrevo os pensamentos em cada dia do mês

O objetivo é claro, mas temo que não será completado

Porém, ainda serei recompensado com páginas fictícias de um diário

Mesmo que exista quem diga que sou afeminado,

Cessarei apenas quando o meu estoque de sentimentos houver terminado

Aqui deixo um novo recado, talvez um pouco inspirado

"O quão difícil é tornar um conjunto de versos,

Em um puro sentimento eterno".