MISTÉRIOS
Inspirada nesta imagem e no
texto: "Cores do firmamento"
de Paulo da Cruz
A imagem fala por si, é magnífica:
A Terra azul, por causa do ozônio?
Os outros astros brilhando na imensidão
Micro e Macrocosmos....
Na Terra, as pessoas, as florestas,
A água pura, que insistem em poluir,
A terra abençoada onde plantamos...
Nossos corpos:
Ossos, músculos, células, moléculas...
Dentro delas um outro infinito
Que aos poucos vão sendo descobertos:
As nanopartículas.
Olhamos para o alto:
A lua e as Estrelas...Planetas...
Sistemas solares,
Galáxias,
Buracos negros...
Como duvidar da vida em outros mundos?
E será que existirão outras dimensões,
Que não vemos?
São muitos mistérios e nossa sabedoria
pequena.
Inútil investir em pesquisas espaciais,
Melhor investir no próximo que sofre:
Fome, miséria, penúrias...
Somos ínfimos diante deste Infinito!
Melhor Crer em Deus e nos entregarmos
à sua imensa sabedoria.
Agradeço a belíssima interação
Experiência Cósmica
Paulo da Cruz
E da janela de sua nave
A que navega sobre as ondas do infinito cosmos
Ali estava então o solitário astronauta
A contemplar aquele lindo planeta azul
Quantas vidas!
Quantas almas!
Quantas escolas... aprendizados!
Quantas lutas!
Ah, se pudesse ouvir o clamor de todos os gritos!
Ah se pudesse pois a escutá-los!
Os risos... os prantos...
As glórias... os lamentos!
As vitórias... os fracassos!
Os ganhos... as perdas!
Esperanças a que se mesclam com nossos desesperos
Alegrias que se misturam com nossas dores
Alvoradas e ocasos
Sinfonias e dissonâncias... cacofonias
Nascimentos e mortes
Encontros e despedidas
Maternidades e cemitérios
E assim é o pequeno e grande astro azul
Nossa casa... nosso lar
Nas alternâncias que se conjugam
Na dinâmica vida que em tudo se comunga
E ali estava o meditativo cosmonauta
A que de repente a emoção o assalta!
Experiência cósmica:
Uma lágrima a escorrer de seus olhos
Como que a expelir de sua alma
Contudo não podia cair no chão
Perder-se no solo de sua nave
A gravidade não a permitia
E assim a levitava diante de seu olhar
A que um raio de sol a tocara
A que a fazia brilhar como um cristal lapidado
Diamante humano
Consciência viva
E então aquele viajante do espaço pôs-se a contemplá-la
A ver na pequena gota oriunda de seus olhos
Ou seria, na verdade, de su'alma
Todas as vidas
A que naquele planeta estava ele a admirar...
Todas as experiências
Todas as vivências
Todas as almas
Da janela de sua nave...
Na pequena lágrima
Filha de seus olhos
Ou seria de sua alma?