ECOS DE AMOR
Ah, se pudéssemos encontrar a cura de todo mal,
Ou rastreássemos todas estrelas até o fim do universo,
Se pudéssemos numerar os grãos de areia de uma praia,
Ou trazer paz ao coração que sofre por uma despedida.
Somos anjos que não aprenderam a voar,
Presos em seus infernos particular,
Observando entre a canção dos ventos,
O voo singelo das aves que migram no verão.
Ah, se pudéssemos retalhar todo medo,
Ou limitar nossas ansiedades,
Se pudéssemos prolongar os risos,
E retardar cada partida.
Somos filhos de uma poeira milenar,
Os reflexos das voltas que o mundo dá,
Os que assistem o caminhar pela própria sombra,
Aguardando redenção.
Ah, se pudéssemos nos desprender das consequências dos erros,
Ou com a tinta da vida reescrever nossa própria história,
Se pudéssemos prever que após os riscos de andar no deserto,
Sempre terá uma fonte transbordando.
Somos a resenha de uma perfeição,
Riscada a cicatrizes,
Para que nossas raízes,
Suportassem os ventos da dor.
Ah, se pudéssemos encontrar a cura de todo mal,
Quem sabe as coisas perderiam o sentido,
Não adiantaria desvendar os segredos do infinito,
Se ao final não ouvíssemos ecos de amor.