A relação do futuro e do presente na dialética da inexistência.
Nada é mais terrível que acreditar na ilusão.
Transformar a mentira em verdade.
Perder a existência em vão.
Sonhar com a luz, entretanto, viver preso às superstições.
Em uma caverna, sem lastro, com ausência de foco.
O mundo uma repetição desnecessária.
O que é o desejo as interpretações ideológicas.
Horrível não é morrer, todavia, viver sem uma razão de ser.
Sofrer é muito pouco, diante da perspectiva do não ser.
O olhar indeterminado dos sonhos.
Motivo pelo qual deus não existe.
Produto das necessidades ontológicas.
Se tivesse poder, nada seria da forma que é.
O erro a única coisa genuinamente correta.
Todavia, a ação é imperdoável.
A repetição implacável.
Destinando-se ao mal como algo estruturalmente necessário.
A loucura dos delírios.
A desordem sendo melhor que a ordem.
O silêncio interminável do tempo.
O soluço em lágrimas.
Resquício perdido da esperança.
O poder inventado a cada dia.
O desperdiço das sombras.
Sinais repetidos.
A opressão dos efeitos das causas inexistentes.
O mal só pode ser vencido pelo mal, devido à inexistência do bem.
O inimigo não separa do amigo, pelo fato de ter em essência o mesmo fundamento.
Ser livre significa ser opressor.
A natureza do mundo é o mundo sem essência.
A infelicidade é o desejo de ser feliz.
A liberdade fundamenta na escravidão.
Com efeito, o que deve ser o homem.
O sonho das ilusões.
Os últimos sinais o desespero.
A ausência de esperança.
A solidão do presente.
A incerteza em relação ao futuro.
O mundo é o que é sem poder ser o que deveria ser.
A única possibilidade, a ausência de todas as realidades possíveis.
Sorte daquele que nunca precisou existir.
Não sendo, não teve que criar o medo.
Vive tranquilamente as fantasias.
Como a se realidade não precisasse ser inventada.
Edjar Dias de Vasconcelos.