FIM DE TARDE
 
Daqui da janela dava pra ver
O barulho das folhas balançando
Apesar de meu silêncio
E o vento nas árvores do vale
Vinha frio dando arrepios até na alma
E com tudo, o recado da natureza:
É preciso sobriedade nas ações
E serenidade no interior da alma.
De repente, um passarinho
Rasgou o espaço voando leve
Posou na cajazeira no mais alto galho
Virou-se como que me olhando
E cantou um melodioso canto
Parecendo me dar um recado
Para sair do centro de meus ensejos
Para o desprendimento universal
Banhei-me com seu canto
E meu interior encheu-se da graça
Da melodia, de seu colóquio e encanto
 
Tânia De Oliveira
 
25/05/2017 18:31
Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 25/05/2017
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