TEMPO DE TEMPESTADES 

Quando é chuva o perigo
Que nos chegue abrigo,
Que seria o lugar
Fora do contexto
Enquanto o texto
Não se alinha
Para esta linha
Que desalinha.

O que mais fazer se não esperar
Quando a maré decaia
O fogo vai
A felicidade achegue
O vento deixe
A poeira baixar.

Aguardar e então guardar
O que acabou ficando no temporal
Limpando a sujeira
Que ficou pelas beiras
De nosso quintal.

Sempre será necessário voltar
Quando voltar signifique avançar
Para além do que vem em drama
Que chega vezes na cama
Quando tempestade chega
Em abrigo espera-se o que beira
O fim de um temporal.

Antonio C Almeida