TUDO QUE QUERIA
Fui reduzida a certinha, quase santa,
e deixada ao relento, sem manta.
Sentindo o frio doentio
de tudo aquilo que me espanta.
Queria poder voltar a ser viva.
Não ter medo da apatia,
do rebuliço e do que valia,
sentindo, na carne, toda ousadia,
de todo o tempo que se confronta.
Vontade que se contraria,
vivendo um amor de estampa.