AS FLORES
As flores que colhe, são retrato de seu tempo.
Às vezes são rosas como as asas do vento.
Em outras amarelas, como seu pensamento.
Podem ser vermelhas, como um raio de sol.
Ou quem sabe azuis, como o anil do céu.
As flores que planta, são modelo de sucesso.
Podem ser para liberdade, como um pássaro que voa.
Ou às vezes para a sorte, como uma brisa suave.
Quem sabe podem ser negras, como uma noite de tempestade.
Ou mesmo suaves como um raio de bondade.
As flores que rejeita, podem ser para seu fracasso.
As vezes estão murchas, como sua vaidade.
Podem estar em decadência, como seu dia falido.
Podem, ainda, estar em retrocesso, como seu sua vida perdida.
Ou quem sabe em antagonismo, como seu olhar vazio.
As flores que ofereceu, podem ser sua alegria.
Podem ser para encantar um sorriso que irradia.
Ou quem sabe para pintar uma noite fria
E ainda superar uma dor que aqui doía
E ainda pode ser um retrato da magia.
A flor que não quer doar pode ser seu sofrimento
Num dia de chuva fina, ou tempestade ao vento.
Numa hora de abandono, ou de profunda carência
E quem sabe num tempo de guerra em seu próprio fundamento
E ainda sem sentindo como sua impaciência.
A flor que precisa ter, que está repleta de espinhos
Pode ser o seu futuro vencido pela alegria.
Pode ser sua vitória, superada a cada dia.
Pode ser você vencendo sua total nostalgia
E pode ser ainda o início de sua calmaria.