ENGANO
ENGANO
Tarde demais!
Nada havia por detrás.
As lembranças apagadas,
O tempo tratou de traga-las.
Nem caminho, nem destino,
Apenas uma vida zerada.
Confesso, quis voltar,
Tarde demais!
Como dizer jamais se imagino?
Como dizer não mais a isto?
Por horas vencer é tão fácil,
Por outras é um grande estrago.
E todo este céu em mim,
Embora lutando com o vil.
Eu oro até sangrar,
Eu oro sem ter o domínio.
Que engano eu vivi!
Já disse: tarde demais!
Por detrás havia supressão,
Dentro um corrimento.
Esses extremos eu lamento.
Não há escolhas no que sou,
Mas um julgo no que faço!
Não é um engano,
Perdão, possivelmente eu.
Paulo Victor