ENTRE SÓIS E LUAS
Entre sóis e luas, há dias e noites,
Há realidades, sonhos e projectos,
Momentos felizes, outros infelizes,
Em que por vezes somos objectos.
Objectos sensíveis e muito frágeis,
Que ao menor toque se molestam,
Surpreendidos não se manifestam,
Tal como os mendigos miseráveis.
Miseráveis são os mais esquecidos,
Vivem à margem das sociedades,
Passam pelas maiores dificuldades,
Não sendo por ninguém protegidos.
Protegidos são os fiéis aos partidos,
Que ocupam tachos bem retribuídos,
Para defenderem os seus interesses,
Beneficiando de grandes benesses.
Benesses são só para uns quantos,
Que vivem entre os sóis e as luas,
Passando por verdadeiros santos,
Fazendo passar más acções suas.
Ruy Serrano - 10.05.2017