IMPACIENTE MEDICADO
Se a paciência de Jesus foi sem limites
Imagine a de Deus!?
Até onde a compreensão me permite
É quase nulo o caminho que a minha percorreu...
Meu querer ainda é prá agora
Incomoda-me o passar da noite escura
Contar milhões de gotas demora
Da água mole sobre a pedra dura.
Como um inveterado imediatista
Sigo trocando os pés pelas mãos
Meu prazo é o pagamento à vista
Que só enxerga “a real” quando acende a luz da razão.
Alimento sofrimento quando o que existe
Não demora ao que se destina
A ansiedade faz o tempo ficar triste
E a luz da alegria se apagar da retina.
Paciência!
Prá minha impaciência que não se cura
O remédio é outra dose de consciência
Na natureza tem exemplos de fartura
Que as mãos de Deus regem com calma e paciência.