O vaso
Há uma variedade de vasos,
ouro, prata, bronze, madeira...
cada qual com sua função,
que alterna a vida financeira,
daqueles que os possuem,
provando toda vida obreira.
Porém, o vaso simples,
de barro é batido formado,
recebe todo procedimento,
pelo bom oleiro é moldado,
tira as pedras e as raízes,
para que nada seja vazado.
Aquele que assim proceder,
guardar, conservar e distribuir,
será usado como honra,
tendo o papel de contribuir,
levando o bom alimento,
para todo o que abrir.
Ao que age pelo contrário,
não será assim bem visto,
pois, o vazio lhe reprova,
e o leva ao senso previsto,
uma verdadeira desonra,
o oleiro não gosta disto.
Ele usa da paciência,
para com o vaso quebrado,
desmancha, prepara o barro,
novo vaso é formado,
dando-lhe nova chance,
para realizar o planejado.
Ao fazer o teu trabalho,
lembre-se que és de barro,
não deixe a soberba te quebrar,
e a vaidade dizer: te amarro,
seja servidor, simples, sério.
É esta a figura que eu narro.
Gilson Felinto