Vasculha-me.

Vasculha-me como névoa maldita,

Voz que guia, e sai entristecida

Encontrando meu corpo de solidão.

Buscando-me como o som na escuridão.

Pondere o fruto na minha verdade

Deus, é minha alma viva e ferida,

No chão que abre a fundura inimiga.

Derradeiro, como pássaro canoro.

Logo ei, que por tudo, lhe faço

Ora Pai, Ora Destino, num lodo

Alavanque minha aura senhora,

Tardes vós, na vossa paridade,

E deixe, meu ser, contigo seguir-te.

Entrego-lhe esta morte déspota.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 08/05/2017
Código do texto: T5992759
Classificação de conteúdo: seguro