Imaginário
Lá estava eu, ancorado
Em um amor naufragado
Sendo levado pelas ondas do mar.
Afogando-me em sentimentos confusos
Perdendo-me de vez sem nada falar.
Tu aparecestes, então
Com tua cara de bobo, teu coração na mão
Louco e sexy, jovem e encantador
Com um sorriso perigoso
Um olhar arrasador.
E você me tirou da minha cova escura,
Fez-me rir com quase nada,
Fez-me olhar teu corpo marcado
Sob a roupa molhada
E me beijou ao som da música que tocava.
Tudo se passou, meses, anos
E eu me esforcei pra ficar
Naquele, que era o reino da minha felicidade,
Nos teus braços que eu imaginei.
Nada foi real, um sonho que sonhei,
Um amor que eu inventei
No meu imaginário tão cruel.
Enfim, eu acordei
E de novo, os olhos fechei
Tentando te resgatar do caos da minha mente,
Tentando não deixar você cair no esquecimento.
Eu queria te fazer real
Como Pigmalião e sua Galateia
Mas eu não sei como…
E no fim tenho que me conformar;
Você não existe e nem vai me salvar.
Nunca conhecerei o teu amor,
E nunca irei te amar.