CAFÉ SEM LEITE
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Antes eu agia como se fosse uma criança
Mesmo já estando em uma  idade adulta
Eu só me esforçava para os outros agradar
Para poder ser amada mas sem me amar
 

Prestava-me a tomar meu café com leite
Embora não gostasse tanto de misturar
Mas como diziam que assim era ruim
Nem relutava em passar por cima de mim

Dessa forma fui traindo minhas ideologias
Cuidando de não contrariar o gosto alheio
Hoje não mais criança hajo com maturidade
E só pondero na coerência da minha idade

Não alcancei esse estágio por personalismo
Mas por maior respeito que devo a meu ser
Entendi a tempo que é a nossa experiência
Que irá marcar a essência de nossa ciência

Quem gostar de mim tem que me ver inteira
Sei que devo primeiro a mim essa fidelidade
Para eu mudar terá que haver uma discursão
Dentro de uma lógica, sob o crivo da razão!

 

Tânia De Oliveira - 1º de Maio de 2017