Reino capital-escravocrata
Sobe o grito de ódio que rasga a garganta
Ferve a negra cólera e ofende a santidade,
Pois não há mais nem querubim nem santa
Que abrande o urro e retome a dignidade.
Bom seria se não houvesse miséria tanta,
Se a menos do pranto nascesse à piedade
Porém sobre as crias besta se alevanta
Dos tempos elíseos só me resta saudade.
Cala-se a voz do qual implora: “humanidade!”
Vibra o furor do pai de Melinoe e Zagreu
Geme o filho da terra que implora liberdade
Em tempos que se vive pelo ouro pela prata
Só se encontra paz nos solos de Morfeu.
Pelos limites do Reino capital-escravocrata.