Sem eira
Criei dentro de mim um poder
Não entendo, não sei definir
Posso só explicar que como um visgo
D'infinito querer,
Pulei montanhas, desfiladeiros que desconheço
E a mim não mais me pertenço
Nem pretendo definir-me em modelo alheio.
Sou... sou o que quero onde me queiram...
Vim d'um tormento
Pulando pinguelas, saltando poças... um rio inteiro!
Mas vi n'azaléia delicadeza e persistência derradeiras
Que me abarcou sem eira nem beira
Fazendo tocar bandolins no meu intento a desabrochar.