Sem eira

Criei dentro de mim um poder

Não entendo, não sei definir

Posso só explicar que como um visgo

D'infinito querer,

Pulei montanhas, desfiladeiros que desconheço

E a mim não mais me pertenço

Nem pretendo definir-me em modelo alheio.

Sou... sou o que quero onde me queiram...

Vim d'um tormento

Pulando pinguelas, saltando poças... um rio inteiro!

Mas vi n'azaléia delicadeza e persistência derradeiras

Que me abarcou sem eira nem beira

Fazendo tocar bandolins no meu intento a desabrochar.

Gi Poletto
Enviado por Gi Poletto em 30/04/2017
Código do texto: T5985523
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