As fantasias das origens indecifráveis.
Eu não sou causa.
Não sou efeito.
Apenas o princípio da inexistência.
Eterno recomeço, interminável.
Quando o fundamento não tinha essência.
Era o vazio no infinito.
Tudo muito escuro, sem energia.
Uma extensão incalculável.
Que mundo é esse indiscernível
Não eram nada as intenções.
Inexauríveis os vossos sonhos.
Um tempo distante imemoriável.
Apenas o silêncio premeditava.
O recomeço imponderável.
As interligações incompreensíveis.
Aporias metafísicas, a posteriori.
Hilética predestinada a ilusão.
Todavia, nunca teve origem.
Hermenêutica, destituida do sujeito.
Muito distante.
O que deveria ser tão somente a implicação.
Entretanto, algo heuristicamente com ausência de destinação.
Hilozoisticamente incompreensivo.
Linguagem sem cognição.
Deôntico sistema explicitado.
Tardiamente.
Apofântico mundo descritivo.
Sem matéria, com ausência de glorificação.
Que mundo é esse?
Colorido de azul, as precações.
Ondulações impredestinaveis.
Edjar Dias de Vasconcelos.