As fantasias das origens indecifráveis.

Eu não sou causa.

Não sou efeito.

Apenas o princípio da inexistência.

Eterno recomeço, interminável.

Quando o fundamento não tinha essência.

Era o vazio no infinito.

Tudo muito escuro, sem energia.

Uma extensão incalculável.

Que mundo é esse indiscernível

Não eram nada as intenções.

Inexauríveis os vossos sonhos.

Um tempo distante imemoriável.

Apenas o silêncio premeditava.

O recomeço imponderável.

As interligações incompreensíveis.

Aporias metafísicas, a posteriori.

Hilética predestinada a ilusão.

Todavia, nunca teve origem.

Hermenêutica, destituida do sujeito.

Muito distante.

O que deveria ser tão somente a implicação.

Entretanto, algo heuristicamente com ausência de destinação.

Hilozoisticamente incompreensivo.

Linguagem sem cognição.

Deôntico sistema explicitado.

Tardiamente.

Apofântico mundo descritivo.

Sem matéria, com ausência de glorificação.

Que mundo é esse?

Colorido de azul, as precações.

Ondulações impredestinaveis.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 23/04/2017
Reeditado em 24/04/2017
Código do texto: T5979447
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