Face da Terra
Da face da terra
Verte lágrimas
Que descem pela serra
Até desaguar num oceano de mágoas
Acumuladas com o ser desumano
Que a habita, mas também desabita,
Desmata, destrói e a si mesmo corrói.
A face da terra
Já não mais sorri
Na verdade chora
Fala-se em guerra
E o rosto não se cora
De temor e pavor
É esperado
Logo começa
E a face da terra
Se exaspera.
Um planeta habitável ali
Outro aqui
Procura-se lugar para habitar!
Pois este logo não vai dar
Achemos outro para arruinar.
19 de abril de 2017