Homenagem ao delírio da sabedoria.

O que vou dizer misericórdia.

A intuição ainda é fantasmagórica.

Santo rosário.

Quem são os deuses.

Os anjos do céu.

Então qual é o novo imaginário.

A estupidez.

Aqui, ali, para todos os lados.

A loucura humana.

A perversão da alienação.

O desejo tupiniquim.

Alguém completamente perdido, desorientado.

Entretanto, consegue articular o português corretamente.

Todavia, não sabe diferenciar nenhuma etimologia.

A pátria amada.

Os sinais da maldição.

Sabe o que é bom mesmo.

Pegar um anzol.

Sentar na beira de um rio.

Fumar um cigarro de palha.

Quando voltar a noite a casa.

Pegar os grãos contar as aves.

E ter a objetividade das significações.

No outro dia.

Ligar o rádio.

Encontrar a certeza que seu time de futebol ganhou.

Posteriormente, plantar um pé de milho.

Cortar um cacho de banana.

Cozinhar frango com quiabo.

Esperar pelo próximo sábado.

Balançar o esqueleto.

Quem são eles.

A existência de extraterrestres.

Os espíritos vagando sobre as folhas das árvores.

Os pássaros sequer descem a floresta.

Mundo real descrito.

Com efeito, milagre para lá, milagre para cá.

O paraíso celeste.

Do outro lado, do rio.

Um bando de imbecil falando da física quântica.

Alguém sofisticadamente refletindo a respeito da dialética da terceira exclusão.

Lá em outro cosmo, a revolução da sexta República.

Enquanto a discussão da proposição incluída não inclusiva.

O louvor do medo.

Porém, além de tudo isso.

Posso refletir com veemência.

As impregnações.

As lógicas desconstruídas de memórias miméticas infantilizadas.

Então qual é o mundo, uma mixórdia de estúpidos.

Todos os eixos teleológicos.

Posso dizer um tempo além do efeito, uma causa distante da indução.

Misericórdia.

Não há esperança a não ser o sol brilhando no infinito.

Produzindo partículas de hidrogênio.

Com a fé de a chuva fertilizar o solo.

Entretanto, só trovão.

Como se um dia fosse outro dia.

O silêncio produzindo a evolução.

Quanto ao autor dos sonhos.

Em uma única tarde cheia de brilho, solitariamente.

Pilotava um jipe pelos trilhos olhando a cor internável do universo.

Através do cogito pensava como é bonita à distância da imaginação.

Um monte de corococo bestializando o assobio.

A noite teria que dormir.

Esperando pelas repetições intermináveis das continuidades.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 19/04/2017
Reeditado em 19/04/2017
Código do texto: T5974876
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