PELE DE OURO

Vigia teu rato

que teu gato parece faminto.

Teu coração vigia,

parece que ele, pós absinto,

quer dar cria.

A poemas oferecidos,

versos demolidores,

parece que certa timidez se foi,

tudo por causa dos amores

que passam, dizem oi...

Vigia tua tempestade.

Parece que cabe num balde

teu choro.

Vigia tua poesia.

Parece que se esfuzia

sua pele de ouro.