NO PREGO

Penduro no prego o ego.

Saio para o mundo

rodando o moinho profundo

que roda dentro da maquinaria do coração.

Dispenso Sancho,

cavalgo infinitas léguas,

bato à porta de Dulcineia.

Entro,

sento,

me levanto,

o mundo me espera

com seu grito de reluzente fera.

Eis quem sou.

Sem o ego,

pendurado no prego,

sigo, vou.