Crer em entender

Não entende, quem não sente

Crê ou vê sombras de lentes

Lábios sorridentes

A ver claro, sem entender

Momento este a escrever

Estar em posse do nada e do infinito

Banhar o preço de tempos preenchidos

De todas as banais fórmulas

Mais simples é a fortuna

Pois amarrota sanduíche caro

A encarar o encarregado da urna

Não pôr palavras na boca

É falar constante, cabeça oca

Vê, quem fala não lê

Sons a saírem, lábios sem entender

Agir consigo

Saber a mente, desejos, perigos

Manter o que dedica

Crer em entender quem te siga