Nas Horas de Tristeza
E a dor de escrever um poema de amor?
Quantas vezes fui debochado por escrever apaixonado
Eu perdi a conta, mas me machuca por toda semana
Pensei em parar quando a primeira pessoa começou a gargalhar
Sinceramente, a caneta cogitei em soltar,
E não mais utilizá-la para me expressar, parar de rimar
Por que não consegui parar? Eu não sei
Apenas continuei, e duzentas rimas eu já formei
Não sei quando vou encerrar, talvez eu vá desanimar
Por agora eu quero apenas desenhar meus pensamentos
Por agora só quero passar o tempo descrevendo cada momento.
Houveram partes em que era insuportável
Meus textos eram desrespeitados
Pensava em pôr um ponto final e "deixar para lá"
Palavras inocentes, ou falsas, sem precedentes
O apoio que eu recebia era como se fosse um jogo
Às vezes ganhava um, as vezes perdia outro.
Mas como eu poderia simplesmente não mais poetar?
Em várias folhas de papel meus pensamentos pude eternizar
Eles estarão lá quando eu precisar relembrar
Como poderia ignorar tudo o que já lapidei?
Nos versos estão os momentos que me magoei,
Que chorei, que me alegrei, e que me entreguei
Serão imortais, não esquecerei deles jamais
O fim só irá chegar se eu permitir.
São nas horas de tristeza que eu pego a caneta
Procurando uma maneira de distrair minha cabeça
Não tenho certeza se meus textos possuíram beleza
Não sei se serão aceitos, mas continuarei escrevendo
O que importa é que eu esteja melhor
Fico feliz por possuir o texto favorito
Só quero evitar de escrever o quanto me sinto só
Transformo a solidão em uma chance de reflexão
Quem sabe também transformar perdição em salvação?
Mas por enquanto escrever é minha missão
Acalmar o meu coração, e aceitar o vazio
Pensando se o que sinto é relativo e passivo.
Eu encontrei felicidade ao escrever na casualidade
Não que a escrita seja minha especialidade
Mas me sinto bem ao me abrir
Mesmo sem ninguém aqui para me fazer feliz
Está tudo bem, o papel é meu amigo
Termino mais um texto querido
Até a próxima, quem sabe uma nova história?