NADA MAIS SE SENTE
Na vida corrida
em tempos passados
no desejo apressado
por um futuro presente
Nada mais se sente
apenas se pressente
na ânsia pelo amanhã
esquecemos do hoje
aprisionados no ontem
num incessante
agora ou nunca
tudo ou nada
Falta a paciência da espera
o mundo que se vê
num segundo
nos anos que viram meses
nos anos que viram semanas
e nas semanas que viram dias
O virtual atropela o real
Não se olha mais nos olhos
e a gentileza
agora é uma virtude
Onde havia romance
reina o assédio
Em vez de um buquê de flores
uma mensagem padronizada
Obrigado, por nada