Elemento

Espere por mim, estou refletindo alguns momentos

Sim agora mesmo, em meio a um sepultamento

É onde a vida acaba e o corpo se trancafia em templos de cimento

É onde o tempo para, é onde o tempo não se dá luxo ao tempo

Quem dá tempo ao tempo, pouco vai ter discernimento

Uma colônia de sacramento, será que existem argumentos?

Da prepotência a inveja, pouco vejo conhecimento

São válidos os poucos que valorizam sentimento

Selvagem de matar um leão por dia, tempestuoso invento

Reflete os passos do chão em pequenos movimentos

Senta no assento e sentado firma ao firmamento

Cai pra trás em agonia e fica em meio ao relento

E nessa chuva de setembro, vem vento

Do vento mais forte, do vento mais lento

Você estará no mesmo lugar sem nenhum sustento

Animal peçonhento, catapulta para o entretenimento

Jogando peças para cada segmento

Uma parte de mim não fica cem por cento

Odeio as partes desse procedimento

Sinuoso e suntuoso desarmamento neste alento

E nessa hora bate um formigamento

Uma pequena possibilidade de enfrentamento

Sem nenhum tipo de envergamento

Pinto o ponto cego e paro no estacionamento

É uma fase abrupta, com um novo surgimento

Uma agulha e uma fagulha desse armamento

Penúria, plenitude, luxúria, o desenvolvimento

Amar ao próximo agora, sem ressentimentos.

Recesolo
Enviado por Recesolo em 11/04/2017
Código do texto: T5967487
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