QUANTAS VEZES
Quantas vezes nos sentimos destruídos após uma longa tempestade,
E a melancolia repousou feito neblina em noites frias do inverno,
Fazendo-nos acreditar que não haveria mais alguém,
Que estivesse disposto a compartilhar novos momentos e esquecer as velhas dores.
Quantas vezes os sonhos se desbotaram,
E calados ocultamos o medo de seguir adiante,
Sempre mantendo as reservas de entregar os sonhos,
Com vergonha das cicatrizes tatuadas sobre pele.
Mas abaixo das estrelas os desígnios do universo não podemos decifrar,
E à noite ao deitar já não se sente aquela solidão,
As lágrimas representam apenas uma maneira de transbordar a felicidade,
Como se o universo que assistiu aquelas dores, te presenteasse com o melhor.
Ter na lembrança o sorriso dele e assim adormecer,
E o coração incontido de tanta felicidade, explode de alegria e de prazer,
Pois os palcos que já representaram tantos dramas, agora estreia o amor,
É a paz de todos os seus mundos que um dia se perderam na tristeza de suas chuvas.