QUANTAS VEZES

Quantas vezes nos sentimos destruídos após uma longa tempestade,

E a melancolia repousou feito neblina em noites frias do inverno,

Fazendo-nos acreditar que não haveria mais alguém,

Que estivesse disposto a compartilhar novos momentos e esquecer as velhas dores.

Quantas vezes os sonhos se desbotaram,

E calados ocultamos o medo de seguir adiante,

Sempre mantendo as reservas de entregar os sonhos,

Com vergonha das cicatrizes tatuadas sobre pele.

Mas abaixo das estrelas os desígnios do universo não podemos decifrar,

E à noite ao deitar já não se sente aquela solidão,

As lágrimas representam apenas uma maneira de transbordar a felicidade,

Como se o universo que assistiu aquelas dores, te presenteasse com o melhor.

Ter na lembrança o sorriso dele e assim adormecer,

E o coração incontido de tanta felicidade, explode de alegria e de prazer,

Pois os palcos que já representaram tantos dramas, agora estreia o amor,

É a paz de todos os seus mundos que um dia se perderam na tristeza de suas chuvas.

Leonardo Guimarães Rosa
Enviado por Leonardo Guimarães Rosa em 10/04/2017
Código do texto: T5967268
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