A mercantilização das ideologias.
Sabe o que é historicamente perder a tribo.
Posteriormente o clã.
Ter que viver como ideologia o fetichismo.
O culto as entidades inanimadas.
Dotadas de fantasias sobrenaturais.
Desse modo, a alienação sapiens.
O que é a cognição, a não ser sua evolução primitiva.
Indeléveis as não dignificações.
Ao meio a força de vontade.
O desejo de uma ilusão.
Cantarolada aos passos de anjos.
Como se no infinito existissem asas dos sonhos.
Assombro a filogênese.
Ao delírio dos olhares.
O que devo dizer a cada um de vocês.
O soçobro da perdição.
Com efeito, uma ideologia análoga aos humanos.
O fetichismo da linguagem.
Aos atributos da mentira, a estruturação da memória.
Uma cognição de fantasia.
Presa aos atributos da produção.
Criaturas fúteis, improdutivas a si mesmas.
Ondulações do destino.
Qual é o caminho a fantasia da luz.
Uma pobre anta solta sem ontogênese.
A cegueira do brilho dos olhos.
Sonhando ser o ensinamento.
Quando é tão somente a dissimulação.
As margens dos rios.
A única solução se pudesse ressurgir os tigres.
Aos campos desérticos da imaginação.
Entretanto, uma coletividade de criações.
Iguais aos bois na pastagem.
A verdade pertencente então à mastigação.
Iguais aos berros dos porcos.
Alienações semelhantes às flautas das destinações.
A expressão idioticização faz parte do mundo elevado.
Em bandos ovelhas criadas.
Sem nenhuma utilidade metafórica.
Jamais reconhecem a própria estupidez.
Deveriam lavar os portais da entrada dos mundos mortais.
Entretanto, pensam serem as genialidades.
As sombras indignas dos saberes.
Edjar Dias de Vasconcelos.